Estando em vossa presença
Peço sua licença
Não tome como indiferença
Se não falo sobre crença
Vivi anos na imprudência
Até pedir clemência
Por conta da minha demência
Perdi parte da decência
Fui preso e condenado
Sem ao menos ser julgado
Neste corpo confinado
Da liberdade privado
Amarras tão apertadas
As veias exaltadas
Engasgo nas lágrimas derramadas
Meio a palavras não faladas
Diante de tanta dor
Embriagado por medo e terror
Nova personalidade veio a se opor
Pela descoberta do amor
Uma alma caridosa
Convenceu-me com sua prosa
Que a vida não é tão penosa
Podendo ser proveitosa