Tenho pressa, mas caminho vadiando
Estou acordado e continuo sonhando
Na face o sorriso, os olhos lacrimejando
Em pleno silêncio sua voz escutando
Faço perguntas das
quais sei as respostas
Invento desculpas para minhas propostas
Jogando sozinho ainda perco as apostas
Vou para o mar e observo as encostas
Confesso pecados e torno a cometê-los
O paraíso esta em meus pesadelos
Busco a perfeição dentro destes mazelos
Perdoando o imperdoável contrariando os apelos
Estou lúcido, mas perdi a razão
Na estrada da vida peguei a contramão
Entendo a ladainha, mas não aceito o sermão
Querendo ser salvo, sendo pagão
Encontro refugio entre meus inimigos
Meio ao conflito esquecendo os abrigos
Perante a solidão crio imaginários amigos
Trancafiando-me no porão com objetos antigos
Porque dizer que o fim é apenas o começo
Aquietar a fúria em troca de apreço
Ao fazer o bem este é o resultado que mereço
Fingindo não importar, na verdade me entristeço
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