Manha de céu cinzento
Saudade entregue ao vento
Que não para de soprar
Carregando-a por todo lugar
Até encontrar o destinatário
A escrever em seu diário
Sobre o que assolava o coração
Por conta de uma paixão
Subitamente para o seu afazer
Tentando algo perceber
Uma lagrima rola em sua face
Sem cerimônia o disfarce
Sente-se comovido
Libertando o choro contido
Buscava palavras para descrever
O que acabará de acontecer
Tentativas em vão
Pois, não há explicação
Dando-se por vencido
Entrega-se ao sorriso
Que toma lugar do pranto
Para suprir seu espanto
Movido por esta sensação
Aliviado, encontra nova inspiração