quarta-feira, 31 de outubro de 2012

“Infância”



Tive três animais de estimação
Uma gata, um peixe e um cão.
Não dava conta de ter mais
Culpa dos meus pais

A gata se chamava Marta
Já o cão era lobão
Quanto ao peixe era engraçado
Pensava em chamá-lo de dourado

Estes me traziam alegria
Principalmente quando a fome batia
Era só pensar em comer
Que uma festa estava para acontecer

Com todo mundo alimentado
Acontecia algo engraçado
Era um tentado ao outro pegar
Correndo pela casa a brincar

Assim sem aviso
Fui criando juízo
Tive que crescer
E meus animais a envelhecer

Hoje adulto, estou só.
Não posso ter animais, uma dó.
Mas minha memória e marcada
Pelas lembranças da bicharada

terça-feira, 30 de outubro de 2012

“A festa”




Estava tudo combinado
Convite aos amigos enviado
Os requisitos informado
Teria que estar fantasiado

Cada qual com sua escolha
Um de fera, outro de bolha.
Mulheres: de bruxa a princesa
Homens: de ogro a realeza

E assim a festa começou
Dançar comigo você aceitou
Todos no meio do salão
Quando peguei em sua mão

Parece que tudo parou
Aquele momento eternizou
Eu e você abraçados
A outro lugar enviados

Um mundo encantado
No qual só ao coração apaixonado
Tem permissão de entrar
Em poucos segundos ao amor se entregar

Quando a musica terminou
A magia acabou
Retornamos a realidade
E de mim escondia a verdade

És comprometida
E um tanto dividida
Não pode ao amor se entregar
Pois seu par acaba de chegar

Nem seu nome pode dizer
A alguém que adorou conhecer
Neste instante a festa acabou
No momento que minha mão soltou.

Realidade Cruel


Já é chegado o tempo
De voltarmos à realidade
E encararmos o fato
De que não mais temos
O controle da situação

Nosso mundo esta perdido
E somos as principais vitimas
Vitimas de nos mesmos
Que forjamos uma liberdade
A qual nunca existiu

Aliados que perdemos
Honra que juntamos
Glorias que desfrutamos
Mais tudo isso nada vale

Se não temos a coragem
De encarar
O que a vida nos ofereceu
Atormentados
Com nosso destino cruel

Olhando ao redor
Nada mais vejo
Alem de simples seres
Que não sabem mais o que fazer
Apenas correr não vai resolver

Lutar contra o destino
Seria a melhor solução
Só o que falta
É um pouco de empolgação
Para quem sabe ser livre então

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

“Minha Joia”



No escuro e em silencio
Fecho os olhos e em você eu penso
Posso imaginar e quase consigo ver
O que estaria a fazer

Se juntos estivéssemos agora
Provavelmente reclamaria da hora
Que era tarde e tinha que voltar
Caso contrário irão te buscar.

Ainda sinto o seu perfume
Como era de costume
Um cheiro forte e adocicado
Queria estar ao seu lado

Um destes momentos importantes
Diria um dos mais emocionantes
Enquanto estava desesperada
Pra nossa sorte foi amparada

Eu no avião sem poder sair
Sabendo oque estaria por vir
Preocupado de mais
Recebo a ligação, seus pais.

Esta tudo bem fique sossegado
Não foi como o combinado
Contando os minutos pra poder ver
Meu filho que acabara de nascer.

“Campeão”



Não compreendo
O que esta acontecendo?
Porque esta confusão,
Será que é ladrão?

Ninguém me responde nada
Gente a olhar da sacada
Perdidos, feito eu?
Será que alguém morreu?

E agora, papel picado!
Rodas se formam para todo lado
Vejo muitos indecisos
Um som estranho, muitos risos.

Acho que estou entendendo
Ali, estou reconhecendo.
Não acredito é você irmão?
Agora chego a uma conclusão

O que é isso tudo
Chega a ser absurdo
Nada de mais, apenas uma celebração,
Para o time que foi campeão.

“Mercadores”



Fatos e mentiras
Historias e intrigas
Jogos e cantigas
Desfechos e brigas

Lojas e artefatos
De louças á retratos
De engraxates e sapatos
De pinturas a artesanatos.

Das roupas rasgadas
As novas engomadas
As velhas esfarrapadas
Sujas e estragadas

No caso de embate
Considera-se empate
Evitando o combate
Não aceito, xeque-mate.

Resultado da empreitada
A pela dilacerada
A voz engasgada
Na culpa afogada

Era o que eu temia
Como meu pai dizia
Prevalece o “mais valia”
Assim termina o dia

domingo, 28 de outubro de 2012

“Separação”




Roupas pelo quarto, esparramadas.
E nossas vidas separadas
Ninguém poderia prever
O que estava a acontecer

Nos tornamos vitimas do sistema
Sob seu dilema
Causando nossa separação
Diria que tudo foi incompreensão

Acusações sem sentido
Magoas do coração dividido
Que um novo amor encontrou
E ao outro desprezou

Mas como uma faca de dois gumes
Enfurecida pelo ciúmes
Sua alma deixou contaminar
Não dando chances de falar

Destruirá nosso futuro
Por conta de ser inseguro
Deu ouvidos a quem não devia
Enquanto fiquei na agonia

Vou tentar recomeçar
Prometo não me abalar
Caso um novo amor encontrar
Desejo que possa desfrutar


“Feridas”




Duas vidas e um destino
Sempre esteve no mesmo caminho
De longes a me conceder carinho
Algo puro, inocente, genuíno

Em meio a esta jornada
Nossas vidas foram entrelaçadas
Longos períodos de ternuras
Desprendemos as suturas

Das cicatrizes e feridas
Que nunca foram esquecidas
Causadas por terceiros
Nossos carcereiros

Se esforçavam em nos separar
Nossos laços quebrar
Tentativas em vão
Pegando a contramão

O que só fortalecia
A nossa harmonia
A intensidade do calor
Das chamas do nosso amor


“Base sólida”



Pedras da pedreira
Rolaram a ribanceira
As árvores a derrubar
Em seu caminho o meu lar

Nada pude fazer
Apenas olhar e entristecer
Porque tinha que acontecer?
Ninguém poderia prever.

E este fim ter
Aquilo que era pra ser
A morada dos meus pequeninos
Deve ser sina, ou destino.

Dos males o menor
Poderia ser pior
Alguém em casa estar
Sorte que foram viajar

No demais só pedra e cimento
Por este sol, farei um juramento.
Que desta pedra que foi meu tormento
Encontrarei forças para um novo sustento

E sobre ela irei construir
Uma nova morada ira surgir
E dela apenas vou lembrar
Um novo começo pode me dar.


“Seu lugar”



Dentre tantos caminhos
Uns de rosas e espinho
Noutros só poeira na estrada
Escolhe ao monte e escalada.

Sempre aceita o mais difícil
Que exige maior sacrifício
Provar algo? O que procura?
Resposta para vida dura?

Ou seria a busca para encontrar
De onde vem, ou seu lar.
Foges para não recordar
Onde é o seu lugar

Isso é pura ilusão
Chega a ser ingratidão
Com aqueles que lhe querem bem
Fazendo o que lhe convém

Mas em meio à escuridão
Quando chega a solidão
Corre para campo aberto
Pois sabe que estou por perto

Para lhe proteger
Quando o medo abater
Por isso te rodeio
Para voltar de onde veio.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

“Aventuras”



Suas mentiras, nunca questionei.
Pois por você me apaixonei
Só por isso me deixei levar
Nas loucuras de um olhar

Em suas aventuras embarquei
Sempre foi o que eu sonhei
Sair sem rumo ou paradeiro
Acordar quem sabe em um estaleiro

Admirando as estrelas dormir
Ao nascer do sol, sorrir.
Logo cedo, anda na rua;
Mesmo que estando seminua

Caminhar descalços e sujar os pés
No outro dia correr em um convés
Todo dia algo novo
Café da manhã, pão com ovo.

Gargalhadas, choros, tudo misturado.
Mesmo que fora um sonho inventado
Era alem da imaginação
Tamanha a encenação

Pena que uma hora
Tudo terminou
Você foi embora
Dizendo que nunca me amou

“Minha Perdição”



Dos traços do seu rosto
As curvas do seu corpo
Seu sorriso me distrai
Tudo em você me atrai

Com olhos de azul escarlate
Me deixa sempre em xeque mate
Sem nenhuma reação
És a minha tentação

Sofro muito quando sai
Pois não sei pra onde vai
Mais feliz fico com seu retorno
Esqueço até do abandono

Juntos, perco a noção do tempo.
Sol, chuva e contratempo.
Sussurro seu nome para o vento
Qualquer coisa por você enfrento

Preciso me acostumar
Sua rebeldia aturar
Para que possa te acompanhar
E ao seu lado sempre poder estar

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

“Beijo”



Aquele beijo roubado
Foi um sonho consumado
Este desejo realizei.
No momento que te encontrei

Há muito tempo buscava
Lhe conhecer, almejava
Para cessar seu pranto
Escondido, eu canto.

Uma música que conhecia
Que de sua cama macia
Escutava até amanhecer
E eu te amando sem você perceber

A cada novo dia
A sua porta batia
Uma rosa deixava e corria
Junto um bilhete que dizia.

Quero lhe abraçar agora
Antes que vá embora.
Pretendo lhe amar para sempre
Por toda vida, eternamente.

E no lugar combinado
Com um sorriso, meio forçado.
Eu esperava sua chegada

Para lhe mostrar quanto era amada.


Ruínas


Caído ao chão

Olhando com medo ao meu redor
Vejo como a minha vida se acabará em vão
Quando nesta guerra pedir seu amor

Traído por minhas pequenas conquistas
Vi meu exercito cair sem lutar
Vi você procurar abrigo em linhas inimigas
Derrotado só me restava chorar

Então quando o sol de um novo amanhã surgir

De pé estarei


E não mais pensarei da batalha fugir

Pois por você não mais esperarei

Quando me reencontrar novamente
Um outro homem terá surgido
Pois trancarei seu nome em minha mente
Porém orgulhoso por não ter mentido

Como um soldado que retorna do campo de batalha
Triste por não obter vitória eu estarei
Poderás chamar-me de canalha
Sei, um novo amor encontrarei...

Desolado sim, derrotado não!

Se em minha mente a tristeza relutar
Ficarei tranqüilo, pois não será em seus braços...
Que desejarei me reconfortar
Buscarei de novo outros laços

Para por fim acalmar
O meu pranto acalantar
A você não mais desejar
E em fim teu nome não mais gritar

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

“Culpado”



Cansado de tanto sofrer
Por alguém que acabara de perder
Meu coração neste instante chora
Assim como a chuva que cai lá fora

Uma triste solidão
Apodera-se do meu ser
Por tamanha ingratidão
Cuja fiz por merecer

Magoando a quem tanto quis
Tornei-lhe amarga e infeliz
Não correspondi seus desejos
Suas manhas, seus beijos.

Assim me tornei escravo da mentira
Clamei aos céus por sua ira
Para os meus erros desfazer
E você de volta merecer

Minhas suplicas foram negadas
Tantas orações recusadas
Hoje percebo minha redenção
Foi a única a me estender à mão

Neste momento foste embora
E este vazio que me apavora
Porque sei que não vai voltar
Culpa minha por não saber lhe amar

“Sementes”



Da árvore que demorou uma vida
Teve os galhos podados
As folhas recolhidas
Os bons frutos separados

Triste ficou o lenhador
Que parte do tronco cortou
Quando em meio aos ramos notou
O ninho que desmoronou

E lá encontrara um filhote
Que tivera a má sorte
De naquele lugar estar
E por não ter aprendido a voar.

Mas o pequenino sobreviveu
E quando se moveu surpreendeu
Aquele rapaz que já era emotivo
Que já buscava um motivo

Para sua emoção
Não teve outra solução
Senão o ninho concertar
E noutro galho colocar

Tudo em seu lugar.
O filhote se, pois a piar.
Logo uma ave surgiu
Do pássaro o canto ouviu

Como não podia voltar atrás
O que fora feito não se desfaz
Novas sementes ele plantou
E uma nova árvore ali brotou

terça-feira, 23 de outubro de 2012

“Segredos de um olhar”



Uns o fazem escondido
Outros um tanto tímido
Alguns a dar bandeira
Outros de quem faz “cera”

Ver quem se gosta
Mesmo que seja de costa
Faz o coração disparar
Acontece sem notar

Ligando a engrenagem
Até quando esta de passagem
Um mal súbito, recorrente.
O peito aperta, fica dormente.

Alguns sentem a barriga gela
Outros fingem doer à costela
Desculpas do apaixonado
Diz estar ocupado

E novamente retorna a olhar
Quem da mente não consegue tirar
Retomar a sensação
Do pulsar e ouvir as batidas do coração.

“Importunados”



É chegada a mudança da estação
Estamos em pleno verão
Onde o sol contagia
Trazendo muita alegria

Pena que para alguns é diferente
Não se compreende esta gente
Que fica escondida em casa
Como pássaro que quebra a aza

Sentem-se acuados
Como se alguém os tivesse magoado
Por mera diversão
Sem nenhuma compaixão

Todos são livres para escolher
Como querem sua vida viver
E não sou eu que irei julgar
Contanto que não venham me importunar

Sigo meu caminho
Deixando-os em seu cantinho
Sem rumo e sem destino
Procurando meu lugar divino

Olhando sempre pra frente
Fazendo o que vier na mente
Ignorando a realidade
Já que o que busco é liberdade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

“Prisão”



Prisioneiro do destino
Aquele jovem, um menino.
Conheceu a vida dura
Só tinha amargura

Dependendo da vontade alheia
Desprezado pelo sangue que corria em sua veia
Nem direito de estudar
Era obrigado a trabalhar

Sem nenhum retorno
Mesmo o básico para comer
Era triste de dar dó
Roupa suja, um remendo só.

E do pouco que conseguia
Por ter bom coração dividia
Nunca sonhou com grandeza
Ou fazer parte da realeza

O que queria era ter um lar
Quem sabe um dia conhecer o mar
Mas tudo lhe foi negado
Considerado um mero escravo

Na tentativa de se libertar
As correntes, quebrar.
Mas fraco e sem alegria
Assim era como vivia.

E por não agüentar a fome roubou um pão
Com isso fora parar na prisão
Lá jogado sem precisar de confissão
Encontrou alguém que lhe chamou de irmão

E por fim pode sorrir
Não tinha mais que se ferir
E da dor compartilhar
Mesmo se alguém o desprezar.

“Ela”



Tudo foi tão repentino
Coisa do destino
Você surgiu em minha vida
Que era tão sofrida

Trazendo consigo alegria
Charmosa ficava enquanto sorria
Com seu cabelo de lado
E um vestido descolado

Deixando sua marca onde passa
Sublime paixão da massa
Contratempo sempre tem
E aos olhos faz muito bem

Ajuda nunca negava
Com todos se importava
E por outros até chorava
Mesmo que não planejava

Buscando sempre a solução
Resposta que vinha do coração
Dando fm no tormento d’alma
Fazendo retornar a calma

Assim era ela
Sempre linda e muito bela
Que seguia sempre em frente
Amando sua gente.

domingo, 21 de outubro de 2012

“Coisas do Amor”



Torna o covarde, forte.
Do refugio, fortaleza.
Do impensado, possível.
Do sonho, realidade.
Do pobre, afortunado.
Do rico, miserável.
Do sábio, tolo.
Do velho, jovem.
Do grande, pequenino.
Do homem, menino.

Assim ficamos quando conhecemos o amor
Aprendemos seu grande valor
Capaz de mudar tudo ao nosso redor
Mostrando apenas qualidades e não o pior

E quem tenta o enganar
Apenas sofre e fica a lamentar
Com tristeza se desfaz a chorar
Relutando em se entregar

Mas sem ter pra onde correr
Este sentimento ira se render
E ira prevalecer
E o amor mais uma vez vencer

“Teu eu”



Sonhos perdidos
Muitos esquecidos
Por medo de dividir
Apenas deita-se para dormir

O desafio de realizar
Os impede de desafiar
O que esta no subconsciente
E para si mesmo mente

Fazendo da vida um resumo
Entorpecidos pelo submundo
Que um dia conheceu
E por lá se perdeu

O que antes chamava amor
Perdeu seu valor
Nesta mente oca, vazia.
Por onde andava, nem sabia.

Tornando-se um pesadelo
Como achar seu paradeiro
No meio desta confusão
Onde sim quer dizer não

É preciso acordar
A realidade encarar
E de frente aceitar
Se for pra isso, melhor nem sonhar.

sábado, 20 de outubro de 2012

“Muralhas”




A cada vez que nos apaixonamos
Sem querer muralhas criamos
Ao nosso redor
Por estar cansados de esperar o pior

Esta seria a nossa defesa
Para que a mente saia ilesa
Mas não passa de mera ilusão
Pois o ferido é sempre o coração

Que fora atingido
Pela flecha do cupido
E mais uma vez se deixa levar
A um novo amor se entregar

O melhor é não se enganar
Aos medos melhor superar
Permita-se sonhar
Sem nada em troca ganhar

Então, estes muros derrubar.
E com suas pedras uma ponte criar
Veras que logo a frente há um jardim
Que sempre esteve aguardando seu retorno enfim

“Louco”


Sei que pareço tolo

Mais de que adianta não ser
Se todos a minha volta
Só pensam em você

Tenho andado ocupado
Tentando não mais pensar
Porque às vezes o tempo
Não quer mais parar

Sei que sou um rebelde
Mais me considero livre
Só sei ser sincero
E falar o que penso

Luto pra viver
Mesmo sem saber o porque
Tenho mania de querer
Meu tempo não mais perder

Ainda mais se for com você
Porque abri minha mente
E me libertei do presente
Acompanhando o movimento

Da maré ou do momento
Que a lua muda sempre
Pra que me importar
Se vou poder a qualquer hora te ligar

Mesmo que seja apenas
Pra o meu nome
Quem sabe escutar
E apenas em silêncio
Garantir ficar

Olha que eu fui
Muito de te amar hoje
Nem quero mais lembrar
De que a vida me fez passar

Agora e sempre
Contigo não mais vou estar
Porque o vento sopra com destino a outros
Mandando-me pra nenhum lugar

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

“Amores”




Corações desesperados
Quartos desarrumados
Mentes distorcidas
Lagrimas, entristecidas.

Reparos por fazer
Malas para desfazer
Contas a pagar
Tempo que não quer parar

Vidas em desapego
Pior que pesadelo
De sonhos nunca visto
Tudo meio esquisito

Mas é assim as nossas vidas
Chegadas e partidas
Vez em quando despojadas
Noutras destroçadas

Como também é o amor
Momentos de puro ardor
Que chega a nos queimar
Se cuidado não tomar

Se apaixone e entendera
O quão difícil é se aventurar
Neste sentimento indecifrável
Ao mesmo tempo muito frágil.


“Luares”



Noites em pleno abandono
Feito cão sem dono
Esperando o tempo passar
Observando o luar

O sono que tarda em chegar
E nada de você voltar
As estrelas fico a admirar
Mas as nuvens teimam em atrapalhar

A minha bela visão
Tenho a sensação
Que tudo isso é mera ilusão
Criada pelo meu coração

Que por você se apaixonou
Alheio ao mundo ficou
Agora nada mais importa
A não ser a sua volta

Mesmo seu retorno tardio
Pode me livrar deste vazio
Que sua ausência deixou
Quando me abandonou

Estarei aqui a qualquer hora
Veja se não se demora
Ou a escuridão me devora
E consigo me leva embora

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“Vende-se um Coração”



Hoje vou fazer diferente
Não mais como antigamente
Quando por você esperava
E triste amargurava

Procurar um novo amor
Seja como for
E caso não encontrar
Meu coração vou alugar.

Pretendo fazer promoção
Nada de leilão
Quem chegar primeiro leva
Aviso. Não tenho reserva.

Basta querer
Nem precisa merecer
Pra casa ira levar
E pode até parcelar

Uma suave prestação
Na entrada muito carinho
Demais, afeto e beijinho.
O resto atenção           

Em cinco minutos passa a valer
Interessadas neste coração ter
Basta me chamar
E como bônus ira “me” ganhar


“Procura”



Ventilador ligado
Tempo abafado
E nada de chover
E você aparecer

Tomando um suco gelado
Pensando no resfriado
Que pode me pegar
Se o tempo não mudar

O que será que aconteceu
Talvez se perdeu
No caminho de volta
Dispensou a sua escolta

Ou o carro quebrou
Não sei, talvez enguiçou,
E nem pra me ligar
Avisando que vai se atrasar

Só me resta esperar
Se não se importar
Melhor tentar te encontrar
Em algum lugar

Que você costuma freqüentar
Só pra me desagradar
Fazendo isso pra me irritar
Pra que eu vá te buscar.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

“Vida”



Amor à moda antiga.
Casa, roupa, comida.
Trabalho, escola, fadiga.
Bebida somente batida.

Nada de mistura
Gente sem postura
Vestidos de armadura
Fritura com gordura

Árvore de fruto amargo
Dor de sangue pisado
Carro novo amassado
Futuro, novo cargo.

Simples como dar nó
Moveis cheios de pó
Notas prefiro dó.
Viver às vezes só

Carne sem tempero
Chegar ao desespero
Flor sem cheiro
Barbear sem barbeiro

Como na pintura
Um pouco de cultura
Do quadro sem moldura
Apenas arte, sem frescura.



“Futuro”



Sereno do amanhecer
Aguardando o sol nascer
Luz a bater nas casas
Tão belo o vôo das garças

Da rocha fria e molhada
Vejo você na sacada
A admirar o horizonte
Um sorriso em seu semblante

Esquecerá da noite anterior?
Dos fatos de horror
Que mais parecia filme de terror
Percebo o quanto é superior

Não se prende a coisas banais
Sem sentir dores carnais
Das duras palavras ditas por seus pais
De forma tão voraz

Seu filho decidiu gerar
Nem em pesadelos abortar
A responsabilidade de criar
E a vida a esta criança doar

Conte comigo no que precisar
Um futuro lindo pode imaginar.
Das alegrias que estão por vir
Sonhos contigo poder dividir.


“Sonhos Divididos/ Perdidos”



Da janela do meu apartamento
Para todos os lados, só o que vejo.
Muitas pedras e cimento
Não era este o meu desejo

Acendo um cigarro
Vou até o carro
Não aguento esta visão
Tudo isso é mera ilusão

Os sonhos de ter algo meu
Parece que nunca aconteceu
Quando tudo se perdeu
Não estou mais ao lado seu.

Depois que pegamos aquele desvio
Nos perdemos neste covil
A nossa espera o dito homem “a fera”
Não ter medo, quem me dera.

Roubou tudo o que construímos
Separados nossos destinos
Achou que tinha muito a aprender
E em outro lugar foi viver

Levando consigo meus sonhos e planos
E todo dinheiro que guardamos
Agora vivo entre muitos e só
Não mais confio, não preciso de dó.

Melhor voltar para meu cantinho
Naquele pequeno mundinho
Onde eu posso tudo
E saio deste absurdo

Cidade grande nunca mais
Melhor ir ver meus pais
Lá sei que sou amado
Enquanto aqui, ignorado.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

“Uma Música, Uma Noite”



Hoje embalado pela música
Que tocou naquela noite lúdica
Quando encontrei minha musa
Não aceitei sua escusa

Quando por fim meu convite aceitou
A festa terminou
Te convidei para sair.
Pra caminhar sem saber aonde ir

Sem demoras você aceitou
E veio a chuva, correndo se abrigou.
E naquele cantinho me beijou
Em minha mão firme segurou

Antes que algo pudesse tentar
A todo custo querendo evitar
Minhas caricias desviar
E percebendo que ninguém iria notar

Resolveu a mim se entregar
E foi assim que aconteceu
E sem percebermos, amanheceu.
Antes de me despedir, seu telefone tentei confirmar.

Mas você fugiu sem me falar
Agora preciso esperar
Em outra festa você aparecer
Para quem sabe este amor reviver.

“Sem Perdão”



Um dia vou cobrar de volta
Tudo que você me fez passar
Horas em claro, acordado.
Esperando você retornar

Vou combinar e desmarcar
Deixa-la esperando em casa
Vestida elegante para festejar
Que não ira celebrar

Já que fez por merecer
Desprezou tudo o que fiz
Meu amor você não quis
Foi apenas uma atriz

Exatamente como me falaram
E eu vinha ignorando
Por te querer de mais, relevando,
De olhos vendados te levaram

Hoje não te quero
Não mais te espero
Perdão para o que aprontava
Suas chances, desperdiçadas.

Agora vai ter que correr
Fazer por merecer
Mais não há reconciliação
Para sua ingratidão.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

“Bilhete”



Hoje não quer presente caro
Apenas você do meu lado
Para juntos ver o tempo passar
Sorrir, zoar e brincar.

Fazer tudo novamente
Como era antigamente
Nos tempos de escola
Antes de ir embora

Um beijo me dava
E toda envergonhada
Pra casa você corria
Mas de longe acenava e sorria

Pena ter que crescer
E tão logo envelhecer
Saber que tudo ao redor ira se perder
Porque tinha que acontecer?

Enfim tenho que ir trabalhar
A vida de adulto me chama devagar
E este fardo carregar
Pena ao seu lado não poder estar

Ver você crescer
Seus amigos, conhecer.
Seu pranto enxugar
Quando por amor você chorar

Deixo-te este bilhete ou seria carta
Não pretendo colocar data
Para que possa recordar
Por onde tiveres que passar

Que te amo de mais
E não esqueça jamais
Deste jovem e velho pai
Que sofre muito quando você sai.

“A Fuga”



Me chamaram de ladrão
Por roubar seu coração
Mais de fato nada fiz
Sou um mero aprendiz

Que uma vez me permiti admirar
Aquele sorriso e olhar
Com olhos cor de mel
Que refletia o azul do céu

O problema é que já es comprometida
Mesmo antes de iniciar sua vida
Promessa feita por seus pais
Para aquele belo e jovem rapaz

Que com orgulho você nada diz
Apenas sim frente ao juiz
Em respeito a tradição
Não poderia dizer não

Agora longe te vejo
Às vezes só de lampejo
Tortura esta que me sufoca
Aguardando a sua volta

Mas um dia vou me levantar
E contra esta armação terei que lutar
E montado em meu cavalo te buscar
E para bem longe te levar

Dar-lhe tudo o que desejar
Bastando apenas me falar
Vou lhe mostrar o que é amar
E com mias nada se preocupar

E juntos vamos envelhecer
E quando nossa hora chegar
Com saudades recordar
De como foi bom viver


domingo, 14 de outubro de 2012

Onde Paramos?



Hey e aí? Onde estava?
Não veio me visitar
Foi viajar?
E não me convidou
Isso não ta legal
Sabia que fui parar no hospital
Porque você sumiu
Abandonou-me né? Eu fiquei muito mal

Mais fale de você
O que tem feito destes tempos pra cá
Indo pra lá e pra cá sempre sem parar
Mundo dos negócios sempre tão complicado
Enquanto eu aqui internado
Quanto tempo já se passou
Desde a última vez
Em que a gente se encontrou

Dessa vez é diferente
Não conheço mais tanta gente
Refresque minha memória
Onde paramos?
A nossa bela estória
Este lindo caso de amor
Será que como um vidro se quebrou
Agora não quer mais falar

Por que tudo terminou
Nem ao menos um bilhete me deixou
Dizendo que era o fim
O que eu fiz de tão ruim

Por favor, refresque minha memória...
Onde paramos?
Quando foi que começamos?
E porque terminamos?

Diga por favor, onde paramos?
Onde foi que erramos?


sábado, 13 de outubro de 2012

"Brasil"



Este é o meu Brasil
O país do futebol
Terra, praia e muito sol

Só o que ninguém percebe
Está em baixo do nariz
Que o pobre não vê o futuro
Buscando um jeito de ser feliz

O ser humano está
Como um objeto qualquer
Onde os governos fazem
O que eles bem querem

Alguém precisa tomar
Uma boa providência
Por que não devemos deixar
Um tolo tomar a presidência

E comandar as nossas vidas
Como soldadinhos de vilas
Parem o barco, por que eu quero descer.
Não quero lutar, prefiro morrer...

Como é possível sobreviver
No país do futebol
O povo brasileiro, não tem poder
Vive nas enchentes sem ter água pra beber

As pontes inacabadas
Que nunca são terminadas
Servem como abrigo
Para pessoas despejadas
Que lá constroem o seu lar
Aonde isso vai parar
O governo não quer saber
Se seu povo vai morrer...

Brasil
___________________________________
Esta é uma forma de ver o que acontece diariamente.
(Letra escrita para a banda "Libertad")

Participações


Minha vida é você
Sem querer te magoei
Não sei como
Mais hoje te reencontrei

Te deixar
Não foi tão ruim
Apenas penso
No mal que fiz pra mim
Meu único erro foi
Querer te amar
Sem saber me controlar

Caminhei, andei, corri                                        
Mais não desisti                                       
De um dia lhe mostrar
Que ainda sei esperar
Para quem sabe um dia
Meu erro consertar

Olho a minha volta                                               
Tudo me faz lembrar                                           
Como era triste
 Não mais poder te tocar
Sentir o teu carinho

Meu corpo pede socorro                                     
Minha mente liberdade                                       
Meus desejos
Clama pela vontade
De estar junto a ti
Por toda a eternidade

Sua volta é meu consolo
Em você encontro refugio
Da prisão sem muros
Que um dia eu crie
Quando um dia eu te magoei.

SUA MALDADE



Sua maldade já não me impressiona mais sei tudo o que você faz.
E pensa que sou tolo de cair na sua armadilha, armadilha que ajudei a construir?
Na época sem propósito, mas hoje tenta me aprisionar nela.
Fico sem saber como devo agir, o que devo fazer?
Preciso de alguém pra me conduzir, e me guiar, estou perdido sem saber qual caminho devo tomar.
Qual caminho devo tomar, esta é a duvida que carrego comigo.
Pois, vivo trancado em uma prisão sem muros, que a cada instante passa a me sufocar.
Como posso me livrar deste mundo de angustia e de dor?
Mundo que destrói pouco a pouco cada um que nele consegue entrar.
Preciso de uma resposta para esta pergunta, porque a cada segundo uma nova pergunta surge em minha mente.
Quem será que pode me ajudar???



(23/02/2003)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Turno da Noite


Era tarde da noite em mais um dia comum
Quando você apareceu
Assim como surgiu tão logo desapareceu

Mais não pude perceber
Que a muito você já me olhava
E eu sem perceber
Que sem querer te amava

Seu jeito sempre alegre me cativava
E em cada retorno
Algo me lançava
E eu, que sempre reparei em seus adornos.

Sua beleza me encantava
E olhe que em você eu mal reparava
Mais seu modo doce e sutil
De repente algo em mim surgiu

Será que é loucura
Não saberei responder
Você sempre foi só ternura
Ao longo do meu entardecer

Agora que partiu
Vejo que tolo sou
Não reparei o quando comigo dividiu
E que enfim o amor desabrochou

Seu sorriso inocente
Em minha mente ficara
Alegre e contente
Seu retorno terá muito pra abalar

Percebo agora que não fiz nada
Pra tentar te impedir
Que nesta sua longa jornada
Voltaste apenas pra me ver sorrir

Será que foi um sonho
Não pode ser
Em mais um turno da noite
Vi você simplesmente desaparecer

Tormentos




Ó meros mortais, de devaneios sem iguais.
De loucuras tão voraz
E que para sana-lo nada faz

Sol que vem pela manhã,
Tirar meu descanso,
Ao mesmo tempo traz consigo,
As ondas de um mar manso,

Que com o fim da tarde,
Retorna com meu tormento,
Dos luares imortais,
A brisa leve toca-te,
Com ternura sarcas,

Tormento de minh'alma,
Para voltar minha calma,
É te-lá novamente,
Em meus braços, eternamente,

Até o fim dos tempos,
Sanar-me enfim do tormento,
De estarmos juntos por toda a eternidade

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Amigo


Pensando no tempo que se passou
Percebo que nada em mim mudou
Só mesmo a indiferença
Que por muitos noto em minha crença

Não quero ser o melhor
Muito menos o pior
Apenas sou o que sou
E se não mudo mais, é porque assim que sou!

Por vezes incontáveis mudei meu modo de ser
Mais pra alegrar do que viver
Martírio foi o que encontrei
Quando a mim de veras eu deixei

Hoje aprendi uma lição
Que ninguém vive em meio à solidão
Não queria eu ficar mais só
Entretanto fazer o que se é assim, oh!!!

Mais sei que ao longe, e distante.
Tenho alguém que se preocupa comigo
Sei que pelo menos a ti sou importante
Por isso sou feliz por ser teu amigo.

Apaixonado




O que será este vazio em meu peito
Não consigo explicar, não sei dizer direito.
Em certos momentos não consigo respirar
Me falta algo, como posso expressar.

Gostaria de ter esta resposta
Quem sabe  preciso mudar a pergunta.
Aguardo ansioso a sua volta
Como combinado perto da gruta

É chegado o horário combinado
Estou ficando sufocado
Nem acreditei quando chegou
Sinto-me renovado, algo em mim mudou.

Acho que o mistério decifrei
Só fico assim, pois por você me apaixonei.
E quando estas longe meu mundo para
Estando com você meu coração dispara

Não posso mais ficar distante
Desejo-lhe como mulher, confidente, amante.
Seja só minha e de mais ninguém
Casas comigo? Os anjos que digam amem.




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Recomeçar


Vejo seu sorriso, começo a recordar.

De tudo o que vivemos, será que vou me libertar?
O que já perdemos, e não mais vai voltar.
Porque meu amor quis um dia despertar?

São coisas da vida, marcas, feridas!
Por isso vamos recordar de nossas vidas.
Que por mais difíceis e sofridas,
Iguais a um rubi serão polidas.

E um novo começo nos aguarda.
Daremos rumos diferentes em nossa estrada.
Caso um dia sentir-se abalada?
Lembre-se de qual grande foi a nossa jornada.

Sei que um dia ira se arrepender
Mais mesmo assim não sei se vou querer
Pois você me fez ver
O quanto dói na solidão perecer

Não mais vou chorar
Só porque você quis me abandonar
E foi o que você fez
Veja sua insensatez
Perdido então eu fiquei
Agora que me libertei
Este gosto amargo eu perdi
Hoje sim percebo o quanto foi bom me livrar de ti.
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